Dingobéu, dingobéu,
Dingobéu dê ueeeeei…
Ô fã-fã í tchu uéli uã ô opensei, hey!
Dingobéu, dingobéu,
Dingobéu dê ueeeeei…
Ô fã-fã í tchu uéli uããã ô ooo-pen-seeeei!
Méui qüímãs!”
Dingobéu, dingobéu,
Dingobéu dê ueeeeei…
Ô fã-fã í tchu uéli uã ô opensei, hey!
Dingobéu, dingobéu,
Dingobéu dê ueeeeei…
Ô fã-fã í tchu uéli uããã ô ooo-pen-seeeei!
Méui qüímãs!”
Frases mais ouvidas hoje em casa:
– “O Dingobéu vai botar… um mooonte de pesentes na ávole de natal!”
– “A Ina vai acodaaar, vai abir a póta, olhar pá ávole de natal e aí… e aíííí…”
– “Vai ter um copo, um peseeente…”
– “Vovô, liga o pica-pica!”
– “A Ina quer ver o Dingobéu no computador, mamãããe, saaaaai!”
Daí ela anunciou que queria ver o Papai Noel:
– “Ih, filha, não pode, porque se tiver uma criança acordada, o Dingobéu fica escondido até ela dormir…”
– “Nããão, a Ina vai veeer, vai ficar de olho abéto! e! vai! ver! o Dingobéu!”
Confesso que estou me divertindo horrores com isso.
Por causa da época, agora ela deu para falar tudo em papai noelês: “Hohoho, eu fiz cóquinha no seu pé!”, “Hohoho, vamos tomar canjinha”, “Hohoho, estou de Cóc [Croc] novo!” etc. etc. forever, e sempre engrossando a voz.
Almoço no Capim Santo e ela come o quê? Beterraba e um prato de chuchu. Vai entender.
Na hora da sobremesa, tomou o cardápio das minhas mãos:
– “O que está escrito aqui, Catarina?”
– “Bi-ga-dei-lo!”
– “Ai, filha, você tá tão cheirosa hoje, tá tão gostosa, que eu acho que eu vou te comer de almoço! Vou comer… esse pezinho! Vou comeeer… esse bumbis…”
– “Nããão, mamãe, a Ina não é de comer. Senão, a Ina olha pra trás, pro bumbum, e ele fica quebado!”
“Com quem seláááá,
Com quem seláááá,
Com quem selá que [insira pessoa] vai casaaaar?
Vai de-fenêêêê,
Vai de-fenêêêê,
Vai defenê se [a pessoa] vai quelêêê!”
Brincando aqui atrás da minha cadeira e querendo ir para a cozinha. Sol da manhã batendo forte.
– “Mamãe, quero ir atrás da Nana.”
– “Pode ir, filhinha…”
– “Não, mas a somba não pode ir. Fica aqui, somba!” [E sai correndo].
Todo mundo reunido na sala de televisão à noite, ela brincando de dançar. De repente, o susto:
– “Ai! Olha a foto da Ina no chão! Não! Sai! [começa a levantar um pé de cada vez, alternando] Dá licença! Dá li-cença! Aaaai, mamããããe, coliiiinho!”
*
Eu sei que é péssimo rir dos medos infantis, mas essa cena foi a mais engraçada que já tivemos. Rendeu gargalhadas até no dia seguinte.
Almoço de família no Parigi, chega o couvert. Come pão com manteiga, come queijo, até que oferecem bruschetta. Eu pergunto:
– “Prova essa torradinha de tomate, filha. Se chama bruschetta.”
– “Bu-cle-ta!”
Pega o celular do avô e anuncia:
– “Agola eu vou ver foto da Ina! Mostra, vovó.”
– “A vovó não sabe mexer, filhinha…”
Olha, séria:
– “Você picisa apendeeer.”