Arquivo mensal: janeiro 2010

Lição

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O pai tentar ensinar:
-“Tá vendo aqui, Cat? O papai estava cortando o pão e a faca cortou o dedo dele. Por isso é que precisa tomar bastante cuidado com faca…”
A filha prontamente devolve:
– Papai, tem que segular no cabiiiinho…”

Aprende bem – e rápido

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Há alguns dias ela anda com uma mania de me oferecer a chupeta dela, sempre com o mesmo convite:
– “Mamãe, eu lavei beeeem capichadinho, daí sequei com um rodinho, tchuc-tchuc, daí passei num paniiiinho, numa faaaaldinha… Quer chupetchar?”
Hoje, quando começou a oferenda, eu tapei a boca, instintivamente. Resultado? “É com amorrrrr!”.
E gargalhou. Gargalhamos.

[Chupetchar é invenção recente, porque ela sabe falar direitinho, mas gosta de uma palhaçada.]

Threesome com pessoa jurídica

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Há uma semana ela passou a ter curiosidade sobre “a Ina pequenininha” e pede sempre para a ouvir a história de seu nascimento na hora de dormir.
Eu inventei um enredo elaboradíssimo, próprio para ser contado em tom bem monocórdico para ver se ela dorme (e tive o efeito oposto, claro), e tanto já repeti que ela memorizou algumas partes. Ontem, na maratona de ninar, começou a contar sua própria versão:
– “Não, eu vou contar! Uma dia a mamãe e o papai estavam numa cidade chamada Pilenópolis… Hahahahaha, Pilenópolis! Aí eles sentalam na valanda do hotel e a mamãe falou: Ah, papai, eu quelia taaanto um neném! E o papai falou: selá que o hotel faz um neném pá gente?”

[Foi numa pousada em Pirenópolis que nós decidimos que íamos parar de evitar engravidar. A decisão não envolvia a colaboração de terceiros, entretanto. ;D]

O imaginário

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A cisma com Djônio-Djônios evoluiu e ele se transformou num “amiguinho da Ina”, azul, que é dado a fazer tudo o que não pode, não deve ou foi proibido.
Assim, se ela joga comida no chão e leva bronca, devolve que “O Djônio-Djônios joga comida no chão”. A resposta é sempre dada com candura, como quem não quer nada.
Djônio-Djônios já enfiou a mão no lixo do banheiro, comeu coisa caída do chão, andou na rua sem dar as mãos, gritou, gritou muito, fez birra, empurrou a amiga… E por aí foi. E continua indo.
Mal posso esperar para ver o que Djônio-Djônios aprontará a partir de segunda, quando recomeçam as aulas. Not.

Engrish

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Madame agora deu para pontuar suas frases com a expressão “djônios e djônios”. É uma espécie de non sequitur genérico, seja para responder a perguntas às quais não prestou atenção, seja como um etc.:
“A Kalina tá de xixi, eu vou trocar, passar Hipogós e djônios e djônios.”
– “Filha, o que é isso que você está desenhando? Djônios e djônios.”

E só hoje, durante uma troca de fraldas em que ela pediu um lencinho, me deu um estalo de onde ela tirou isso.

Poesia infantil involuntária

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Ensinando que os avós são pais do papai e da mamãe na hora de ninar:
Então, filha, a Vovó T. é mãe da Camila e a Vovó C. é mamãe do papai. O Vovô W. é pai da mamãe e o Vovô Luiz é pai do papi. A Vovó T. e o Vovô W. moram em…?
– “Basília!”
– “Isso! E Vovó C. mora em…?”
– “São Pauloooo!”
– “E o Vovô Luiz… Já foi dormir no jardim, lembra?”
– “É. Igual o Calvin…”

Para um minuto e retoma:
– “E o Vovô Luiz tá fazendo calinho no gatinho.”

[:~]